20.12.2023 -
O objetivo declarado do referido documento da Santa Sé é dar “a possibilidade de abençoar casais em situação irregular e “casais” do mesmo sexo”. Ao mesmo tempo, o documento assegura que tais bênçãos far-se-ão “sem validar oficialmente o seu estatuto ou alterar de qualquer forma o ensinamento perene da Igreja sobre o Matrimónio”.
O fato de o documento não permitir o “matrimónio” de casais do mesmo sexo não deve cegar pastores e fiéis para o grande engano e mal contidos na permissão para abençoar casais em situação irregular e do mesmo sexo. Tal bênção contradiz direta e seriamente a Revelação Divina e a doutrina da Igreja Católica.
Abençoar casais em situação irregular e “casais” do mesmo sexo é um grave abuso do Santíssimo Nome de Deus, uma vez que este Nome é invocado sobre uma união objetivamente pecaminosa de adultério ou atividade homossexual.
Portanto, nem mesmo as mais belas afirmações da citada Declaração da Santa Sé podem minimizar as consequências destrutivas e de longo alcance que derivam deste tipo de bênçãos legitimadas. Com tais bênçãos, a Igreja Católica torna-se, senão em teoria pelo menos na prática, uma propagandista da globalista e ímpia “ideologia de genero”.
Como sucessores dos Apóstolos e fiéis ao nosso juramento solene, na consagração episcopal, de “preservar o depósito da fé na pureza e na integridade, segundo a tradição sempre e em toda parte observada na Igreja desde o tempo dos Apóstolos”, exortamos e proibimos os sacerdotes e fiéis da Arquidiocese de Santa Maria de Astana de receber ou praticar qualquer forma de bênção de casais em situação irregular e de “casais” do mesmo sexo. É superfluo dizer que todo o pecador sinceramente arrependido com o firme propósito de não pecar doravante e de pôr fim à sua situação pecaminosa pública (como, por exemplo, coabitação fora de um casamento canonicamente válido, união entre pessoas do mesmo sexo) pode receber uma bênção.
Com sincera caridade fraterna dirigimo-nos com o devido respeito ao Papa Francisco, que - ao permitir a bênção dos casais em situação irregular e dos “casais” do mesmo sexo - "não caminha retamente segundo a verdade do Evangelho" (cf. Gal 2, 14), usando as palavras com que o apóstolo São Paulo advertiu publicamente em Antioquia o primeiro Papa.
Portanto, no espírito da colegialidade episcopal, pedimos ao Papa Francisco que revogue a permissão para abençoar casais em situação irregular e “casais” do mesmo sexo, para que a Igreja Católica possa brilhar inequivocamente como “coluna e fundamento da verdade” (1Tim 3,15) para todos aqueles que procuram sinceramente conhecer a vontade de Deus e, cumprindo-a, alcançar a vida eterna.
Astana, 19 de Dezembro de 2023
+ Tomash Peta, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Santa Maria de Astana
+ Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Santa Maria de Astana
Via gloria.tv
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Declarou o zeloso Arcebispo Marcel Lefebvre: "O Papa recebeu o Espírito Santo, não para pregar novas verdades, mas para manter a fé de sempre. Por esta razão, nós escolhemos o que sempre foi ensinado, e fechamos nossos ouvidos às novidades destruidoras da Igreja. A Igreja não pode estar errada no que tem ensinado durante dois mil anos, e por esse motivo nos apegamos a essa Tradição que tem se manifestado de forma admirável e definitiva".
Diz na Sagrada Escritura:
“Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gen 1, 27-28).
"Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher (ou mulher com mulher): isso é uma abominação". (Levítico, 18, 22)
"Estou admirado de que tão depressa passeis daquele que vos chamou à graça de Cristo para um evangelho diferente. De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo.* Mas, ainda que alguém – nós ou um anjo baixado do céu – vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado!" (Gálatas 1, 6-9)
"Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos". (I Coríntios 6, 9)